A palavra vestindo ideias
Uma grande linha do tempo jornalística. Essa expressão define muito bem a ideia do livro “Comunicação – Do grito ao satélite”, de Antonio F. Costella, que nos conta como ocorreu todo o processo histórico para que, hoje, dispuséssemos das mais variadas formas de comunicação.
“O jornal impresso foi um dos momentos mais vibrantes de uma longa evolução, cujo ponto de partida remonta ao inicio da vida social do homem. Vida social é interrelacionamento e interrelacionamento pressupõe e fomenta a comunicação”.
Antes mesmo da comunicação escrita, existiu uma comunicação falada, ainda com os povos primitivos. Gritando, usando de vários gestos e até expressões faciais para questionar e indicar o que estava acontecendo, ia surgindo a comunicação entre os primeiros personagens dessa história contada por Costella.
Comunicação – Do grito ao satélite é uma obra extremamente completa, tanto que, em muitos momentos, acaba por confundir o leitor com seu excesso de datas e nomes importantes para o processo evolutivo da Comunicação. Por esse motivo, é provável que o leitor leve um tempo para absorver a grande quantidade de informação trazida pelo autor de forma tão natural.
Mesmo após algumas décadas de seu lançamento, o livro continua atual. Percebemos que os problemas e sonhos que permeiam o universo da Comunicação seguem presentes, mesmo com tantos avanços. O autor nos leva para uma longa viagem, que inicia ainda em meados do século XV com a invenção da máquina tipográfica, passa pela criação do papel, o início do correio, as facilidades adquiridas graças ao telégrafo e telefone, detalha todos os cantos do mundo televisivo e também do rádio, para encerrar seu trajeto comentando sobre o futuro da comunicação: a internet.
De forma ampla e, ao mesmo tempo, minuciosa, nos mostra que foi preciso muito tempo e persistência para que a informação fosse, de fato, consolidada como a maneira mais intrigante de expressão e vestimenta de ideias.
Texto: Carina Santos
Fotos: Divulgação