À moda da Morte
A Dona Morte nunca esteve mais viva. Na última noite da Maratona de Moda do Campus 8, (28/11), 38 estudantes apresentaram seus trabalhos da disciplina de Laboratório de Criatividade. O desafio das criações era abordar o tema Dona Morte e trabalhar as peças com tule e materiais alternativos.
“A gente gostaria de compartilhar do pensamento, da cultura e das experiências de algumas personalidades. Queremos ressuscitar algumas pessoas para que elas possam dar um último recado”, explicou o professor e criador da temática, Sérgio Lopes.
Na plateia, muitos estudantes e parentes ansiosos para conferir as produções que as alunas iriam apresentar. A acadêmica do curso de Design de Moda, Manuela Ravanello, pretende cursar a disciplina no próximo semestre. “Nós procuramos observar um detalhe de cada um e juntar um pouco de tudo isso para fazer um trabalho melhor”, explicou Manuela, que salientou também a dificuldade de trabalhar o tule, uma das grandes tendências do mercado.
Sob o olhar atento do público, a mãe e professora do curso de Design de Moda, Gilda de Ross, aguardava a participação de sua filha, Laura, no desfile. “Primeiro vem o coração de mãe, mas sempre tem aquele olhar de professora crítica na modelagem da confecção” explicou. A aluna apresentou a temática inspirada em Hitler, buscando transportar a figura histórica a um olhar moderno.
Todos os projetos apresentaram inúmeras interpretações de tule e da morte, incluindo diversos materiais como giz derretido, gesso, pregos, arames, espelhos, balas de rifle e qualquer outro adereço que a criatividade permitisse. No fim da noite, o público pôde conferir de um jeito diferente personagens como Charles Chaplin, Dercy Gonçalves, Frida Kahlo, Neil Armstrong, Clodovil, Joana D’Arc, Maria Valente, Cássia Eller, entre tantos outros que transportaram a imaginação da plateia para um ambiente repleto de tule e Dona Morte.
Texto: Aline Mapelli
Fotos: Sabrina Didoné